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Postado em 06/01/2018 14:01:35

O Ministério sacerdotal de Cristo

O Ministério sacerdotal de Cristo

A vida e obra de Jesus, não se restringiu às curas, libertações, ressurreições e perdão de pecados, Ele começou a exercer com denodo o ministério sacerdotal, ainda na terra. No antigo testamento Deus instituiu o ministério sacerdotal, que implicaria no oferecimento de sacrifícios de animais, que seriam diários, em favor do povo Israelita. Os primeiros sacerdotes foram nomeados pelo próprio Deus, sendo escolhidos Arão e seus filhos, como diz a Bíblia: “Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar.” (Ex 28.1). Até parece nepotismo, porém não se esqueça, que foi uma ação direta do Senhor de toda a terra, ainda que Nadabe e Abiú,  morreram precocemente, devido a um comportamento de profano (Lv 10.1,2).

Analogia Biblica

É sensato admitir que compreender sobre o sacerdócio de Cristo, isolando o livro de Levítico da Epístola aos Hebreus ou vice-versa, torna-se teologicamente impossível. A epístola aos Hebreus é uma verdadeira elucidação dos símbolos e tipos contidos em Levítico.

A instituição dos sacrifícios de animais prefiguravam o sacrifício único e perfeito que Jesus ofereceria, “Ora, todo sacerdote se apresenta, dia após dia, a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados; Jesus porém tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus aguardando, dai em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés” (Hb 10.11-13). A suficiência do sacrifício expiatório de Cristo imputou sobre cada cristão o direito de usufruir da mediação do Senhor Jesus junto a Deus-Pai, “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer agora, por nós diante de Deus” (Hb 9.24). O precursor de Jesus, João Batista, revelou com autoridade a missão redentora de Cristo a um grupo de judeus, diz o texto sagrado: “ No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” ( Jo 1.29)

Conteúdo da oração de Jesus

Encontramos no capítulo 17 do Evangelho de João uma verdadeira riqueza espiritual do ministério sacerdotal de Cristo. São 26 versículos que retratam o papel do “homem de dores”. Nessa oração o Senhor Jesus destaca assuntos de grande relevância para a vida aqui na terra, são eles: Vida Eterna (vv.2,3); Alegria Completa (v.13); Proteção do Mal (v. 15); Identidade Cristã (v.16); Santificação (v.17); Unidade (v.21); Amor (v.23) e Glória Divina (v.24). Imagine neste exato momento, O que Jesus está fazendo ao lado do Pai no seu trono?

O apóstolo João, descreve Jesus como nosso “ADVOGADO”, diz ele: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo, e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 Jo 1.1,2). É altamente eficaz o serviço intercessório que Jesus desenvolve no céu.  O renomado teólogo Myer Pearlman comenta sobre o valor que tem nossas orações, diz ele “E quando oramos: “Em nome de Jesus”, estamos pleiteando a obra expiatória de Cristo como a base da nossa aceitação, porque somente por ela temos a certeza de sermos “aceitos no Amado” (Ef 1.6).” Aleluia!

Da tribo de Judá

Embora a linhagem sacerdotal fosse circunscrita a tribo de Levi, o Senhor Deus interveio com soberania, agindo sobre uma ordem superior, pois a tribo escolhida para a ministração sacerdotal de Jesus foi a tibo de Judá, “pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual, Moisés nunca atribuiu sacerdotes. E isto é ainda muito mais evidente, quando à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel” (Hb 7.14-16). A soberana vontade de Deus subjugou o por tentado da lei de sacrifícios recorrentes, para um único e inigualável sacrifício, oferecido por alguém que sobrepujava a todos os sacerdotes com suas ofertas, diz a Bíblia “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus, que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu” (Hb 7.26,27). Que alto privilégio nós temos! Quando evidenciamos pela fé o conhecimento de nosso Sumo Sacerdote Jesus, que assiste ao nosso favor no céu.

O apóstolo Paulo configura aos romanos essa preciosa verdade, quando diz: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou; antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (Rm 8.33,34). Por tudo isso, devemos louvá-Lo, reconhecendo Sua santidade e poder para todo o sempre. Amém!


Rev. Paulo Magalhães

Rev. Paulo Magalhães

Ministro do evangelho, escritor, pregador. Foi integrante do Ministério Bernard Johnson.


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